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A ÁGUA

  • Paulo L. Menezes da Silveira
  • 5 de nov. de 2015
  • 3 min de leitura

Considerada pelos antigos como um elemento simples, a água é uma combinação de oxigênio e hidrogênio, de fórmula H²O, um átomo de oxigênio e dois átomos de hidrogênio. Sua composição foi descoberta por Cavendish (1781), a partir de experimentos que também demonstraram que ela é formada pela combustão do hidrogênio; Carlisle e Nicholson levaram a efeito sua análise a partir da dissociação eletrolítica (1800); Lussac e Humboldt sua síntese eudiométrica (1805); e Dumas, sua síntese ponderal.

A água potável, ou própria para o consumo humano, deve atender a uma série de requisitos físicos, químicos e bacteriológicos legalmente estabelecidos.

No Brasil, a água potável deve ser inodora (sem cheiro), insípida (sem gosto) e incolor (sem cor); ter no mínimo 70mg de sais minerais por litro e no máximo 500mg por litro; ter reduzidíssima quantidade de nitratos (sais do acido nítrico) e nada de amônio (NH4), que faz a função de metal alcalino nos sais amoniacais; não deve conter mais de 12 bacilos coliformes por litro.

Nosso planeta tem três quartos (3/4) de sua superfície coberta por água; este volume corresponde a 1.360 milhões de Km³, dos quais 95,5% são águas salgadas e 2,2% estão imobilizadas nas calotas polares e nas geleiras. Restam, portanto, 2,3% de água doce utilizável, incluindo aquela dos lagos, cursos d’água e da atmosfera. Mas a água não é somente a substância mais abundante da litosfera (camada sólida mais externa e fina do planeta), e sim a substância fundamental para a existência da vida. Tanto os animais quanto os vegetais são constituídos de grande quantidade de água.

A água é essencial a existência de todos os seres vivos e é o meio ambiente de todos os animais e plantas aquáticas, ou seja, da maioria das espécies. Ela constitui o elemento principal de todas as células no estado de vida ativa; enfim, nos seres de grande porte ela forma o essencial do líquido circulante (seiva das plantas, sangue dos animais).

A água como constituinte celular: tanto nas plantas terrestres ou em certas células animais, como os glóbulos vermelhos do sangue, é a água que assegura a pressão interior que dá volume e a firmeza celular.

A perda de água (plasmólise) acarreta a morte.

A água como líquido circulante: o poder solvente da água em relação à maior parte das substâncias vitais (oxigênio, gás carbônico, minerais, glicose, ácidos aminados, etc.) faz dela o melhor suporte para a distribuição destas substâncias a todo organismo, sob a forma de seiva bruta e elaborada, nas plantas, e de sangue, nos animais.

Muito fluida, a água circula nos vasos com pequeno gasto energético e pode transportar partículas, tais como os glóbulos do sangue. No homem, por exemplo, a água corresponde de sessenta a setenta por cento do peso de seu corpo (variando de 10% no esqueleto a 99,5% na saliva e no suor; a água plasmática [sangue] a 4,5% e a água extracelular a 16%).

O balanço hídrico diário comporta perdas cutâneas (através da pele) de 300 ml, e pulmonares de 500 ml ou mais, perdas urinárias de 1000 a 1500 ml, e perdas fecais correspondentes a 100 ml. Esse volume de perdas deve ser compensado pela água alimentar (água bebida mais a contida nos alimentos).

Os estados de desidratação têm tradução clínica variável, de acordo com sua predominância no setor intracelular e extracelular. A desidratação extracelular caracteriza-se por tendência ao colapso (queda da pressão arterial) e secura cutânea; a desidratação intracelular, pela sede e pela febre. A hiper-hidratação (excesso de água) extracelular caracteriza-se por uma tendência à hipertensão arterial e por edemas.

A Hiper-hidratação intracelular provoca cefaléias (dores de cabeça), náuseas e vômitos.

O Brasil é um país privilegiado em termos de recursos hídricos. Bacias, como a do rio Amazonas e a do São Francisco, lagos, lagoas e ainda um imenso litoral, possibilitam o desenvolvimento e a manutenção de um número incalculável de espécies vivas. Todo esse potencial aqüífero esteve, e ainda está intimamente ligado à implantação de inúmeros núcleos urbanos por todo o território, uma vez que o homem para se fixar, procura uma fonte próxima de água que atenda às suas necessidades de alimento, higiene, irrigação e energia.

Concluindo, ao mesmo tempo em que assistimos ao crescimento desses núcleos urbanos, assistimos também à morte de muitos de nossos rios, mares e lagos.

( Varekai )


 
 
 

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